Série artigos BIM: Viabilidade de projetos




“Antes mesmo que o projeto seja oficialmente autorizado, justificamos seu lançamento por meio do estudo de viabilidade técnica e econômica ou um business case, comparando custos preliminarmente orçados com benefícios (monetários ou não) e riscos para elaborar o termo de abertura.”
(BARBOSA C., 2014, p.27)
            É o que corrobora CAMPESTRINI, T.F (2015, p.39) que diz “tradicionalmente ao término da fase de viabilidade do empreendimento, temos um plano de negócios prevendo receitas, custos, lucros, taxas de retorno, riscos, o produto a ser entregue etc.”
            De acordo com RÊGO, R.B. (2013, p.17), uma empresa “deve investir em inovação, novos equipamentos, processos e tecnologias.” Além disso RÊGO, R.B. (2013, p.19) aborda que “durante o planejamento financeiro são analisadas as interações de investimento e financiamento disponíveis para a empresa. Nesse processo busca-se a melhor proporção de capital próprio e de terceiros para definir os recursos a serem empregados nos projetos.”            
           Ainda nessa linha, “o administrador deve projetar as consequências das suas decisões de investimento e financiamento. Pode desenvolver cenários, realizando simulações.” Com isso, “procurará evitar surpresas, analisando os possíveis impactos das variáveis escolhidas nos resultados dos projetos”. (RÊGO e SPRITZER, 2013, p. 19)
           Fazendo uma associação com o BIM, EASTMAN (2013, p.16) defende que “é necessário determinar se uma construção de determinado tamanho, nível de qualidade e programa de necessidades pode ser construída dentro de um dado orçamento e cronograma, ou seja, se determinada construção pode satisfazer aos requisitos financeiros do proprietário. Se essas questões podem ser respondidas com relativa certeza, os proprietários podem prosseguir com esperança de que suas metas sejam alcançáveis.”
          “Dar-se conta de que um projeto em particular está significativamente acima do orçamento depois que uma considerável quantidade de tempo e de esforços tenham sido gastos é um desperdício. Um modelo de construção aproximado (ou macro) construído e vinculado a uma base de dados de custos pode ser de imenso valor e ajuda ao proprietário.”
(EASTMAN, 2013, p.16)
              Neste aspecto podemos ver que o modelo colabora para que os gestores analisem o quanto obterão de payback a partir da realização de diversas simulações ainda na fase de planejamento com a extração de custos estimados, sendo esta uma decisão à ser tomada antes mesmo da contratação de outras equipes, serviços, infra-estrutura e capacitação de seus profissionais para melhoria do processos do BIM.
             Segundo EASTMAN (2013, p. 114), “a decisão de aplicar a tecnologia BIM é frequentemente embasada por uma justificativa econômica, seja em termos de redução dos custos iniciais ou recorrentes ou então de aumentos potenciais no faturamento.”  
Referências bibliográficas
EASTMAN, Chuck et al. Manual de BIM: Um Guia de Modelagem da Informação da Construção para Arquitetos, Engenheiros, Gerentes, Construtores e Incorporadores. Bookman, 2013. 483p.
RÊGO, R.B., PAULO G.P., SPRITZER I.M., ZOTES L.P. Viabilidade econômico-financeira de projetos, 4.ed.,Rio de Janeiro, Editora FGV,2013.
CAMPESTRINI, T.F., GARRIDO M.C., JUNIOR M. R., SCHEER S., FREITAS M.C.D. Entendendo BIM - Uma visão do projeto de construção sob o foco da informação, 1.ed., Curitiba, Editor Tiago Francisco Campestrini, 2015.

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