Série artigos BIM: Gerenciamento de escopo


Fazendo um paralelo, “desenvolver um modelo esquemático antes de gerar o modelo detalhado da construção permite uma avaliação mais cuidadosa do esquema proposto para determinar se ele cumpre os requisitos funcionais e de sustentabilidade da construção”. (EASTMAN, 2013, p.118).
              CAMPESTRINI, T.F (2015, p.87) diz que “é importante a antecipação da informação, pois ela dá a garantia de agilizar o processo de decisão de um empreendimento.”
              Ainda na mesma linha EASTMAN (2013, p. 107) garante que a análise e avaliação do projeto “pode alertar os projetistas ou proprietários sobre espaços que excedem ou não atendem os requisitos estabelecidos. Essa resposta visual é importantíssima durante o estudo preliminar e projetos esquemáticos. Assim, o proprietário pode garantir que os requisitos de sua organização sejam cumpridos e que a eficiência operacional do programa seja atingida”.
              Em outras palavras, segundo SOTILLE, M.A (2013, p.21), “os projetos devem estar de acordo com o plano estratégico da organização e seu escopo deve estar relacionado à necessidade de negócio ou outros estímulos que deram origem ao produto, sob pena de falharem”.

Fig.1 – Elaboração própria a partir de referência bibliográfica. FONTE: SOTILLE, M.A, 2014
          O BIM colabora na coleta de requisitos e análise do escopo o que é fundamental na fase de planejamento de um projeto. Segundo SOTILLE, M.A, (2014, p.22), “um dos aspectos de maior relevância em um projeto é o tempo dedicado ao planejamento do mesmo e, em particular, à caracterização do escopo.”
           “É a etapa na qual se busca garantir que todas as partes interessadas, desde o contratante até cada um dos projetistas, tenham um conhecimento comum e preciso daquilo que deverá ser feito para gerar o produto desejado e nada mais do que o produto desejado.”
(SOTILLE, M.A, 2013, p.22)
Ainda segundo SOTILLE, M.A, (2014, p.23) “grande parte dos problemas é decorrente da falta de planejamento e controle do escopo. A questão que se impõe, então, é determinar o que, afinal, se pretende fazer. A falha nessa determinação causa incremento não desejado do escopo, atrasos no cronograma, custos acima do previsto, falta de recursos de pessoal, mudanças de requisitos e especificações, qualidade abaixo da esperada, produtos que não satisfazem o cliente e até mesmo o cancelamento do projeto.”
            Isso reforça a tese de que o modelo de BIM colaborando para um planejamento mais eficiente fará com que o triangulo da restrição (qualidade, tempo, escopo e custo) seja mais efetivo conforme, o que não afetará negativamente os resultados esperados para um projeto ou produto pelas partes interessadas em termos de qualidade, custo e cronograma, a partir do escopo bem definido.

Fig.2 – Triângulo de equilíbrio e restrição entre escopo, tempo, custo e qualidade. FONTE: SOUZA W., 2014
Referências Bibliográficas:

SOUZA, Washington. Como custo, tempo e escopo podem te ajudar (ou não)?. São Paulo, 20 jun. 2012. Disponível em: http://www.blogcmmi.com.br/qualidade/como-custo-tempo-e-escopo-podem-te-ajudar-ou-nao. Acesso em: 14 jul. 2017.
SOTILLE, M.A., MENEZES L.C.M., XAVIER L.F. da Silva, PEREIRA M.L.S. Gerenciamento do escopo em projetos, 3.ed., Rio de Janeiro, Editora FGV,2013.
EASTMAN, Chuck et al. Manual de BIM: Um Guia de Modelagem da Informação da Construção para Arquitetos, Engenheiros, Gerentes, Construtores e Incorporadores. Bookman, 2013. 483p.
CAMPESTRINI, T.F., GARRIDO M.C., JUNIOR M. R., SCHEER S., FREITAS M.C.D. Entendendo BIM - Uma visão do projeto de construção sob o foco da informação, 1.ed., Curitiba, Editor Tiago Francisco Campestrini, 2015.

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